Olá, pais!
Hoje nós vamos falar sobre a ansiedade de separação na infância e adolescência, quando ela pode ser considerada normal e quando pode ter se transformado em um Transtorno de Ansiedade de Separação.
A ansiedade está presente em todas as crianças, desde pequenas, quando bebês ao serem retiradas do colo da mãe e choram, ou outro exemplo, quando no período escolar primeiro dia de aula choram por não quererem se separar dos pais. Então pais, vejam que é uma fase normal e que seus pequenos precisam da ajuda de vocês para enfrentar esse período natural da infância.
Agora quando a ansiedade no pequeno se eleva de tal forma a ponto de atrapalhar sua rotina diária, ou até mesmo de apresentar alguns sintomas físicos não comprovados clinicamente pelo pediatra, se faz necessário olhar com carinho e atenção, visto que pode se tornar um transtorno e trazer grandes prejuízos para o desenvolvimento da criança.
Os principais sintomas relacionados ao Transtorno de Ansiedade de Separação são:
- Pesadelos noturnos envolvendo perda dos pais, e não querer dormir sozinho ou fora de casa;
- Medo de ficar sozinho em casa;
- Medo excessivo de ser sequestrado ou de se perder dos pais;
- Preocupações e medos constantes acerca de perigos para si mesmo, para os pais ou outra pessoa no qual existe vínculo afetivo;
- Resistência ao ir para a escola pelo medo de se afastar dos pais.
O que pode causar esse transtorno, e como prevenir?
São inúmeras as situações que podem contribuir para o surgimento desse transtorno, então vou destacar as principais: acesso da criança a programas de TV que mostram sequestros, assassinatos e assaltos; o próprio medo dos pais ou cuidadores com relação a esses eventos violentos que podem ser transferidos para a criança; mudança recente de escola ou de casa; ou uma mudança muito forte na rotina.
Muitas vezes ao se deparar com os sintomas de ansiedade dos filhos os pais tendem a deixar os pequenos ainda mais dependentes deles, pelo receio do sofrimento causado pela ansiedade ou até mesmo pelo prazer de saber o quanto o filhos os amam e querem sempre estar juntinhos. E com o intuito de amenizar o medo, podem ao invés de incentivar a criança a dormir na própria cama, trazê-la para a cama dos pais, ou evitar ficar longe dos filhos deixando de ir a compromissos e até mesmo deixando a criança faltar à escola para não ocorrer a separação.
Mas essa definitivamente não é a solução, pois a criança ou adolescente não conseguirão enfrentar a ansiedade, gerando impactos grandiosos na interação social, como a recusa de ir à passeios escolares, festa na casa dos amigos e prejudicando a socialização de maneira geral.
Algo muito importante que pode ser feito é evitar ações como sair de casa escondido sem se despedir da criança, pois é importante conversar com o pequeno, dizer que o papai ou mamãe precisam sair, mas que vão retornar em determinado horário, e fazendo com que a despedida seja o mais natural possível , assim como reforçando os pontos positivos de a criança ir para a escola ou de os pais irem trabalhar. Também é essencial monitorar o que os filhos assistem, para que não sejam apresentados a eles conteúdos violentos onde a criança não tem maturidade suficiente para elaborar, assim como evitar falar de assuntos sobre violência e insegurança próximo dos filhos, visto que se a criança observa que os pais que são figuras de referência estão com medo, então quer dizer que elas também precisam se preocupar, pois não sentem mais a segurança dos pais.
Avaliem os sintomas, percebam se a ansiedade de separação está excessiva a ponto de atrapalhar a rotina e interação social do pequeno. E se isso estiver acontecendo e vocês perceberem que não estão conseguindo lidar sozinhos com essa situação, peça ajuda a um profissional, que nesse caso pode ser um Psicólogo Infantil que atuará como um parceiro no Psicodiagnóstico, Psicoterapia Infantil e na Orientação de Pais.
Esta é a reflexão de hoje!
Compartilhem este texto, vamos levar informação e juntos aprender mais!
Abraços,
Aparecida Sales
Psicóloga Infantil

