Olá, pais!
Hoje vamos falar sobre um tema muito importante sugerido por uma das mamães que acompanha a página/site, vamos falar sobre o controle de esfíncteres. Mas antes deixa eu explicar que esfíncteres são músculos que temos em nosso corpo, e que o ser humano tem cerca de 43 esfíncteres por todo o corpo. Hoje vamos falar sobre dois desses músculos: o anal e o uretral.
E para ficar ainda mais claro, o tema de hoje aborda o desfralde (controle desses músculos) que assombram vários pais e mães.
Quando a criança é muito pequena ainda não tem consciência sobre o seu corpo e de que é capaz de controlar os músculos para reter/liberar o xixi e cocô.
É muito importante lembrarmos que cada criança é única, então não podemos comparar com outras crianças e apressar o processo do desfralde por achar que está atrasado, pois pressionar a criança de longe não é a solução.
É difícil definir uma idade certa para que ocorra o desfralde, pois como disse cada criança tem o seu tempo, e isso precisa ser respeitado. Mas, normalmente o desfralde ocorre entre 2 e 4 anos.
E saber a hora certa do desfralde é possível através dos sinais que mostram se seu filho está realmente pronto para iniciar o processo.
Alguns sinais de que chegou a hora do desfralde:
- Vai chegar um momento em que a criança começa a avisar quando fizer xixi ou cocô mesmo ainda usando fraldas, e será visível o incômodo que demonstra sentir;
- Ela pode ficar com a fralda seca por períodos mais longos durante o dia;
- Mostra interesse pelo vaso sanitário, além de querer usar cuecas ou calcinhas;
- Mesmo na fralda é fácil perceber que tem sempre horário certo para fazer cocô.
E como ajudar a criança nesse processo?
- Deixar a criança escolher um peniquinho é o primeiro passo para iniciar essa grande conquista. O penico precisa ser visto pela criança como algo bom, parceiro do dia a dia;
- Nesse início pode acontecer de em vários momentos a criança ainda fazer na calça, e se isso acontecer, não se desesperem, pois é inevitável, lembrem-se de que o pequeno está aprendendo a lidar com tudo isso, então não o repreenda, ao contrário, estimule e diga que da próxima vez ele vai conseguir;
- Quando a criança faz cocô é muito comum nós adultos dizermos que é “fedido” ou reclamar, passando uma imagem para a criança como se fosse ruim. Se isso acontece com você é hora de mudar a maneira de falar. Elogiar é a melhor atitude para incentivar e mostrar para a criança, que é normal, é certo e que é uma conquista;
- Dizer para a criança que a mamãe, papai e todas as pessoas também fazem cocô e xixi é fundamental para que ela entenda que é algo natural;
- Sempre é importante chamar a criança para ver se tem xixi, colocá-la no penico e mesmo que não faça é uma forma de ajudá-la a aprender quando tem ou não.
Quando a criança consegue controlar o cocô e o xixi, se sente mais independente, é visto por ela como uma conquista rumo ao crescimento, deixou de ser um “bebezinho”, e ganha mais autonomia.
Após os 5 anos de idade, mesmo já tendo aprendido a controlar os esfíncteres, a criança pode vir a regredir. Chamamos de Enurese quando a criança não consegue controlar e faz xixi na roupa ou na cama, e Encoprese quando a criança deixa escapar fezes em condições ou locais inapropriados.
Quando descartado possíveis questões genéticas para a Enurese ou Encoprese, é muito importante identificarmos se está ocorrendo algo estressante no ambiente que possa gerar ansiedade nessa criança. Outros fatores que podem ser causadores dessa dificuldade são eventos significativos, como: o nascimento de um irmãozinho, separação dos pais, ou até mesmo uma aprendizagem rígida e/ou precoce do desfralde.
Se o descontrole do xixi ou cocô forem frequentes a ponto de causar sofrimento ou prejuízo no funcionamento social da criança é importante entender o que está causando isso para ajudar esse pequeno. Mas pais, caso entendam que não conseguem sozinhos, podem contar com a ajuda de um Psicólogo Infantil.
Esta é a reflexão de hoje!
Compartilhem este texto, vamos levar informação e juntos aprender mais!
Abraços,
Aparecida Sales
Psicóloga Infantil

