Vem aí um irmãozinho. E agora?

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Olá, pais!

Hoje vamos falar sobre um acontecimento tão lindo, mas cheio de medos, angústias e ansiedade para o filho mais velho. Vamos falar de quando chega um novo irmãozinho. E agora?

O nascimento de uma criança não é um acontecimento só do casal, é da família. Então pais, o primogênito precisa participar, ser ouvido, e se sentir pertencente a esse momento.

Não comunicar ao filho da melhor maneira que ele tem um irmão a caminho, fará com que essa criança crie fantasias, se sinta enganado, e traído pelos pais.

Quando um bebê vem ao mundo é natural que todos os olhares se voltem para ele, e o filho mais velho é consumido pelo ciúmes do irmão, que para ele roubou o amor de seus pais. A angústia que essa criança sente não pode ser ignorada, e apesar de ser normal vivenciar o ciúmes é muito importante que os pais ajudem o primogênito a enfrentar, de forma que o ciúmes apareça cada vez menos.

E quando a criança aprende a ultrapassar e lidar com o ciúmes será um grande indicador de desenvolvimento e maturidade que ela levará para toda a vida.

Irmão mais velho beijando bebê - brothers-boys-kids-baby-50601

Socorro! Então, o que fazer para ajudar a criança a compreender a vinda do irmãozinho?

  • Mesmo durante a gravidez já é muito importante envolver o filho mais velho para que ele se sinta pertencente a esse momento tão lindo, que é a chegada do irmãozinho. Uma dica é pedir que ele ajude a escolher o nome do bebê, deixar que ele acompanhe um ultrassom, e também incentivá-lo a conversar com o irmão na barriga da mamãe;
  • Ao nascer o novo membro da família dê um presente ao primogênito e diga que foi o mais novo irmãozinho que deu;
  • Mantenha a atenção que sempre deu ao filho mais velho, não cortando momentos importantes de interação com ele, como por exemplo: a hora da refeição, fazer a lição de casa juntos, ou ainda reserve um tempo só para ele, em que pai e mãe vão se revezando para manter esses momentos;
  • Qualquer mudança a ser realizada na vida do primeiro filho precisa ficar distante da chegada do bebê, para que assim a criança não relacione com o irmãozinho e comece a culpá-lo. Por exemplo: ingressar período integral em uma escolinha, trocar de babá/cuidador, iniciar o desfralde. Tudo isso precisa acontecer bem antes, ou bem depois da data que o irmãozinho chegou;
  • Comece a incluir o primogênito nos cuidados com o irmão, peça para ele participar de pequenas atividades que ele seja capaz de realizar, por exemplo, pegar a pomada e a fralda, buscar tudo que a mamãe precisa quando for trocar o bebê, segurar com supervisão o irmão no colo, e elogiar sempre que ele ajudar em algum cuidado com o irmão.

Cada um dos filhos deve ser tratado como se fosse único, pois por mais que tenham os mesmos pais, possuem diferenças genéticas, físicas e cromossômicas. Além disso, cada um dos filhos possui uma maneira única de ver o mundo.

Então, o que posso garantir a vocês pais é que quando vocês se sentem obrigados a dar para os filhos tudo idêntico, estão deixando de ver cada um de forma diferente, em sua essência. Incluir a ideia de que ambos receberão sempre os mesmos presentes, definitivamente não vai ajudá-los a perceber que são diferentes, e que na vida as coisas não acontecerão sempre de forma igual para os dois.

Mesmo tendo todos os cuidados necessários ainda pode acontecer de a criança regredir para uma fase anterior, exemplo: querer retornar para a mamadeira, fazer xixi na roupa ou fazer birra.

Mas pais, não se assustem, pois o normal é que tudo isso desapareça em algumas semanas, e caso esses comportamentos persistam instalados na criança é muito importante que busque auxílio de um Psicólogo Infantil. Assim, além da Orientação de Pais, a criança terá um espaço só dela para buscar compreender as suas emoções e como pode ser bom ter um irmãozinho. 

Esta é a reflexão de hoje!

Compartilhem este texto, vamos levar informação e juntos aprender mais!

Abraços,

Aparecida Sales

Psicóloga Infantil

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Aparecida Sales

Sou Psicóloga Clínica formada na FMU em 2013 e especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pelo Mackenzie em 2017. Com atuação na Psicologia Infantil e Orientação de Pais, o meu trabalho está direcionado as dificuldades enfrentadas pela criança, seja cognitiva, emocional ou comportamental.

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