Olá, pais.Tudo bem?
O tema de hoje é certamente muito importante, pois quando os pais tomam a decisão de se separar, os filhos também estão diretamente envolvidos e sofrem quando não conseguem compreender a saída de um dos pais de seu convívio diário.
É comum o casamento acabar com brigas, ressentimento, tristeza e muita dor, e tudo isso faz com que o casal coloque toda a energia na separação, esquecendo que os filhos precisam de todo o acompanhamento necessário nesse momento tão delicado.
Os filhos não podem ser usados como “armas” em um conflito vivido por vocês, digo isso porque muitas vezes não existe harmonia entre o casal, nem ao menos no momento de falar sobre assuntos relacionados aos filhos. Por exemplo: quando o pai mesmo tendo condições financeira acha que não deve pagar a pensão alimentícia ao filho, uma vez que não vive mais com ele, ou ainda a mãe que tenta buscar uma pensão exagerada com a finalidade de agredir o ex-companheiro.

Às vezes, a mágoa e a raiva são tão intensas que os pais começam a falar mal do ex-cônjuge para o filho, usando o filho como escudo para sentimentos não elaborados. E quando acontece de um dos cônjuges ser desprestigiado para o filho, essa criança ficará insegura e com maus sentimentos dentro de si.
Quando os pequenos não conseguem entender a separação dos pais, eles acreditam que são culpados por um dos pais não estar mais em casa e tiram conclusões muito dolorosas, como por exemplo: o pai foi embora porque ele tirou notas ruins na escola, ou a mãe foi embora porque ele não se comportou como deveria. Tudo isso pode gerar angústia e um sofrimento muito grande para essa criança. E aí podem ocorrer problemas, como: baixo rendimento na escola, a criança se torna apática, tem insônia, além de somatizações (dores de cabeça, dor de estômago e funcionamento intestinal desregular).
Por isso, é essencial que juntos os pais conversem com os filhos sobre a separação, e também deem espaço para que eles possam expressar as emoções que sentem, seja raiva, tristeza ou culpa. Entender cada reação do filho e saber acolher faz com que o processo de separação seja pelo menos um pouco mais leve para a criança.

E como comunicar aos filhos sobre a separação?
Pais, esse momento é muito delicado, por isso, vocês precisam ter certeza de que realmente o casamento chegou ao fim. Na hora de falar com os filhos tenham em mente que precisam ser transparentes, responder a todas as perguntas que podem surgir, mas deixando claro que a criança não tem culpa da separação, essa é uma responsabilidade dos pais. Além disso, reforcem que apesar de não viverem mais juntos como um casal, o amor pelo pequeno permanecerá igual e ambos estarão juntos acompanhando o filho, sendo pais e mães.
Algumas dicas na hora de conversarem com os filhos:
- Explicar o motivo da separação, mas não é necessário entrar em detalhes;
- Dizer quando um dos pais sairá de casa e como ficará a rotina da criança;
- Responder a todas as perguntas que forem importantes para a compreensão da criança;
- Deixar que o pequeno expresse suas emoções;
- Deixar claro que não existe ex-pai ou ex-mãe, que vocês continuarão exercendo juntos essa missão tão linda que é criar e educar um filho.
Quando os conflitos do casal separado não foram resolvidos, isso impede que a relação com os filhos se desenvolva de forma saudável, e esse casal deixa de ter sintonia na hora de educar os pequenos. Se isso acontece é muito importante que o casal entenda que sozinhos não vão conseguir, e busquem ajuda de um Psicólogo. No processo de Psicoterapia Infantil a criança ganhará um espaço para expressar suas emoções, e os pais passam por uma Orientação de pais em busca de resolução de conflitos e de um objetivo em comum na criação dos filhos.
Lembrem-se que nenhum casal se separa para piorar uma situação, mas essa situação pode piorar se as brigas continuarem sem fim. Que vocês busquem essa harmonia entre pai e mãe, e que o amor pelo filho possa ser maior que os ressentimentos.
Esta é a reflexão de hoje!
Compartilhem este texto, vamos levar informação e juntos aprender mais!
Abraços,
Aparecida Sales
Psicóloga Infantil

